O ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Rodrigues, classificou nesta sexta-feira(3) como "falta de objetividade e de prioridade" a possível demora de até seis meses para que o Senado vote o texto do novo Código Florestal, aprovado semana passada pela Câmara. "Esse assunto está em discussão dentro do Parlamento há dois anos, e a lei existe há 45 anos; alguma coisa está errada, pois o assunto é prioritário para o País, precisamos resolver isso logo", afirmou.
O pedido de um prazo de seis meses para que o projeto do novo Código Florestal fosse discutido no Senado foi feito recentemente pelo líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR) à presidente Dilma Rousseff.
Já a nova secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, evitou criticar o pedido e considerou a decisão como "a melhor possível, diante do assunto bastante controverso". Mônika, no entanto, pediu o fim da polarização do debate entre ruralistas e ambientalistas e das "inverdades a respeito do que está disposto no projeto". Ainda de acordo com a secretária, ainda que com seis meses de debate, a aprovação do novo Código trará "segurança jurídica para a agricultura investir mais".