O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira, 4, à Comissão Mista de Orçamento do Congresso que o rombo das pedaladas fiscais vai somar R$ 57,013 bilhões em 2015. Conforme planilha enviada ao Legislativo, a elevação do déficit fiscal se deve a R$ 51,488 bilhões em dívidas e outros R$ 5,5 bilhões para custeio de encargos.
Com a nova manifestação, o rombo potencial do governo sobe e pode chegar a R$ 119,9 bilhões. Este último cenário envolve uma série de situações conjuntas: ao déficit já contabilizado de R$ 51,8 bi, seriam acrescidos R$ 11,1 bilhões referentes a uma eventual frustração de arrecadação com o leilão de hidrelétricas previsto para este mês, além de R$ 57,013 bi informados pelo ministro da Fazenda, na hipótese de o governo ser obrigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a quitar as pedaladas fiscais de uma única vez.
Dessa forma, o déficit potencial do governo subiu de R$ 117,9 bi (2,05% do PIB) para R$ 119,9 bi (2,08% do PIB).
Informação repassada por Levy à comissão era tida como fundamental para que o colegiado decidisse votar o parecer do deputado Hugo Leal (PROS-RJ) ao projeto de lei que altera a meta fiscal de 2015. Ontem, o ministro havia se comprometido com integrantes do colegiado a repassar um detalhamento das despesas referentes às pedalas fiscais. Se não o fizesse, base e oposição ameaçavam não votar o parecer. A votação do projeto que altera a meta fiscal deste ano deve ocorrer na próxima semana.
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