Rossoni diz que eleição para o TC foi "correta"

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Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (02), o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB) reafirmou que a eleição de Fabio Camargo para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) foi correta. Eleito em julho em votação na Assembleia, Camargo foi afastado no fim da semana passada por decisão liminar da Justiça. Entre os questionamentos que levaram ao afastamento estão irregularidades na documentação entregue por ele e no processo da eleição.

Apesar de dizer que "gostaria" de convocar novas eleições para o cargo, Rossoni afirmou que vai esperar o que for decidido pelo Judiciário. Novas eleições, portanto, só ocorrerão se forem determinadas pela Justiça.

O presidente da Assembleia diz que a comissão que analisou as candidaturas "fez um belo trabalho" e que o processo "foi transparente". "A comissão não errou. Demos total abertura para os candidatos se manifestarem em Plenário, inclusive para criticarem o sistema constitucionalmente previsto", afirmou o tucano.

A ação que motivou o afastamento do conselheiro alega que ele não entregou toda a documentação exigida para participar da eleição. Ele teria apresentado certidões negativas do 1º grau judicial, mesmo sabendo que, por ter foro privilegiado por ser deputado, as ações contra ele tramitariam no 2º grau.

Outro questionamento que levou à decisão em caráter liminar é o número de votos recebido por Camargo. No pleito, 54 deputados estavam presentes. Camargo teve 27 votos, um a menos do que o mínimo necessário (28), mas sua eleição foi consolidada porque os votos dele e de outro deputado que também concorria e ficou em segundo lugar, Plauto Miró (DEM), foram considerados brancos.

Logo depois de ser afastado do cargo, Camargo prestou depoimento em Brasília como investigado em um inquérito que tramita em segredo de Justiça no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação apura suposto tráfico de influência na eleição de Camargo para o TC. Em outubro, o deputado Elton Welter (PT) afirmou ter sofrido pressão para votar em Camargo.