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O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (3), em entrevista ao vivo ao telejornal ParanáTV, da RPCTV, que o presidente do Sindicato dos Servidores Legislativos (Sindilegis), Edenilson Ferry, o Tôca, ameaçou um diretor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) de morte. Segundo Rossoni, Ferry teria ido a sala do diretor, que não foi identificado, com uma arma em punho e exigiu que seu salário fosse elevado para o valor máximo. Caso isso não ocorresse, Ferry teria dito que mataria o diretor.
O presidente da Alep também afirmou que está sendo dada muita importância à Ferry e suas ações e que o presidente do sindicato faria parte de uma "quadrilha". Ferry entregou, na quarta-feira (2), um "dossiê" para a imprensa com denúncias contra o deputado Valdir Rossoni. São 36 folhas em que estão listados supostos funcionários do gabinete parlamentar do tucano desde 2000 até 2010 que receberiam pagamentos irregulares, acima do valor máximo permitido.
Sobre o caso, Rossoni reiterou na entrevista o que já havia dito na quarta. O deputado afirma que Ferry pode formalizar qualquer denúncia contra ele no Ministério Público, porque ele vai responder pelos seus atos.
Ainda durante a entrevista, Rossoni comentou a quantidade de funcionários que se reapresentaram à Casa, uma exigência para o pagamento dessas pessoas. "Tem gente que eu nunca vi", diz o deputado.
Segurança
A Polícia Militar (PM) vai ser responsável pela segurança da casa durante o dia. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, 25 agentes estão destacados para essa função. Eles vão trabalhar enquanto houver qualquer atividade administrativa no prédio, sem um horário definido. Na ausência dos policiais, uma empresa terceirizada fica responsável pela segurança patrimonial do local.
Ocupação
A PM ocupou a Alep durante a madrugada de quarta-feira (2). Mais de 150 policiais foram para a sede do Legislativo do Paraná desde a 1 hora da madrugada. A determinação partiu do governador Beto Richa (PSDB), que atendeu a um pedido do novo presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni (PSDB). Segundo o novo presidente da Casa, a segurança dos deputados estava ameaçada. Ele não deu detalhes sobre quais seriam essas ameaças. "Éramos reféns de alguns seguranças da Casa", afirmou Rossoni em entrevista ao telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV.
A entrada no prédio só foi liberada a partir das 7h40. Para garantir a segurança durante a sessão, mais 50 policiais foram enviados para o local. Às 19 horas, o novo comandante do Gabinete Militar da Presidência, Arildo Luis Dias, informou que os policiais deixariam o local e a segurança patrimonial seria feita por uma empresa terceirizada.
A PM ainda encontrou uma arma e dois bloqueadores de grampos telefônicos em uma busca pela sala da segurança da Assembleia. A arma seria de um funcionário e os bloqueadores teriam sido dados aos seguranças por antigas gestões de adminitração da casa, para evitar que conversas fossem gravadas no local.
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