Um policial militar foi morto a tiros na Penha, no subúrbio do Rio, na noite desta quarta-feira (14). De acordo com a PM, o sargento Jorge Ulisses Vieitas Fernandes, do 5º BPM (Praça da Harmonia), foi assassinado após um assalto.
Segundo os policiais, o sargento estava à paisana e seguia para o trabalho quando o carro dele foi cercado por dois criminosos em uma moto na esquina das Ruas Irapuáe Tapevi, na Penha.
Mesmo sem o uniforme, os investigadores acreditam que Jorge Ulisses tenha sido baleado após ser reconhecido como PM, pelos assaltantes. De acordo com a polícia, o sargento levou nove tiros. Os disparos atingiram o rosto, o ombro e o braço direito.
O sargento da PM morreu a caminho do Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Os criminosos conseguiram fugir levando o carro, a arma e pertences pessoais do policial.
De acordo com estatísticas oficiais, 30 policiais militares já foram assassinados em 2007, sendo sete em combate. Em 2006, foram 144 PMs mortos, 25 em serviço.
Dez PMs são mortos em menos de uma semana
A morte do sargento da PM Jorge Ulisses Vieitas Fernandes é o décimo caso de violência contra policiais militares desde quinta-feira (8).
O terceiro sargento da Polícia Militar Hélio Ricardo Porto Valentino foi morto a tiros na Pavuna, no Subúrbio do Rio, na noite desta terça-feira (13). Segundo a PM, o sargento estava à paisana e passava de carro pela Rua Mercúrio quando foi abordado por criminosos que tentaram roubar o seu veículo. Os assaltantes teriam atirado após notarem a farda do militar que estava no banco traseiro do veículo.
Na noite desta segunda-feira (12), o capitão da Polícia Militar Paulo César Silva dos Santos Lima foi morto em Anchieta, no Subúrbio do Rio. Segundo a PM, o capitão do 18º BPM (Jacarepaguá) estava em seu carro, voltando para casa, quando foi atacado por criminosos em um Fiat Siena, na Avenida Nazaré.
No início da noite deste domingo (11), um policial militar foi assassinado quando estava de folga na praia de Itaipuaçu, Distrito de Maricá, Região dos Lagos. O soldado Claudio Malker de Freitas Silva, de 37 anos, do 12º BPM (Niterói) estava em um restaurante quando um Siena de cor prata se aproximou e homens fizeram vários disparos contra o policial.
O policial militar Douglas de Oliveira Carneiro, de 35 anos, do 1º Comando de Policiamento do Interior (Niterói), foi morto a tiros na madrugada deste domingo (11) quando saía de um baile funk, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Na sexta-feira (9), o soldado Marcel Soares de Souza, de 32 anos, do 9º BPM (Rocha Miranda), foi baleado na cabeça na Rua Carolina Machado, em Oswaldo Cruz, no subúrbio, durante uma tentativa de assalto.
Os PMs Sebastião da Silva Santos e Fábio da Silva, também do 9º BPM, foram assassinados dentro de uma viatura na noite de quinta-feira (8), em Irajá, no subúrbio. Na tarde de quinta (8), outro PM morreu em serviço. Fábio Gadelha foi atingido por disparos que partiram de um carro com três ocupantes na Avenida Darcy Bittencourt Costa, em Olaria, subúrbio, enquanto fazia patrulhamento na região.
Já em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um PM que estava à paisana foi morto durante uma tentativa de assalto na noite de quinta. De acordo com a PM, Cláudio Ferreira de Sousa, de 29 anos, do Grupamento Especial Tático Móvel, GETAM, estudava em uma faculdade da região e foi baleado em um ponto de ônibus, na Avenida Marechal Deodoro.
Faroeste carioca
O Clube dos Soldados e Cabos da Polícia Militar está colando cartazes com fotos de assassinos de policiais nos ônibus que cortam a cidade do Rio de Janeiro. A reação extra-oficial oferece uma recompensa de R$ 2 mil por informação segura.
Segundo o clube, a campanha, que começou no início desta semana, é paga pelo Disque-Denúncia e exclusiva para assassinos de policiais. Os anúncios vão rodar um mês nos ônibus e os policiais prometem sigilo e garantia de pagamento.
A iniciativa é apoiada pelo comando da Polícia Militar. O comandante geral da PM-RJ, Ubiratan Ângelo, acredita que o incentivo da recompensa não será preciso para a população ajudar a achar os assassinos de policiais.
"Nós tivemos o caso João Hélio. A sociedade se comoveu e inúmeras informações foram passadas para que rapidamente os policiais chegassem aos responsáveis pelo crime. O policial espera a mesma comoção da sociedade", concluiu.
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