O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta manhã acreditar que o ex-ativista de esquerda Cesare Battisti, preso no Brasil há dois anos, praticou crimes comuns e não políticos na Itália e, por essa razão, deve ser extraditado, como recomendou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta.

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"Eu tenho minhas dúvidas quanto à existência de crime político do senhor Battisti. Do que tenho lido, me parece que se trata de crime comum. Quando o Supremo deu a extradição, cumpriu pedido do tribunal italiano. Eu acredito que o pedido de extradição feito pelo tribunal da Itália, e o STF concedendo, se tratando de crime comum, ele devia ser extraditado", disse o presidente do Senado.

Ainda segundo Sarney, apesar de a Suprema Corte ter deixado ao presidente da República a decisão de extraditar ou não o ex-ativista, Lula deveria cumprir a decisão do STF e fazer com que Battisti retorne à Itália.

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"Ele (Lula) é o chefe da Nação, ele deve praticar esse ato. Mas para praticá-lo, deve estar respaldado por uma decisão do Supremo Tribunal", disse o senador. "Entregamos ao STF a guarda da Constituição e o povo brasileiro, que através dos seus constituintes entregou ao Supremo Tribunal a guarda da Constituição. Temos que nos submeter às decisões deles", completou o senador.