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Aliado do governo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse nesta segunda-feira (25) que atuará "com absoluta isenção" com relação à CPI que vai investigar denúncias de irregularidades na Petrobras. No comando do Senado há três meses, esta será a primeira vez na atual legislatura que Sarney estará na linha de frente de um fato de interesse do Planalto e da oposição. Até agora ele vinha se ocupando basicamente com uma série de denúncias constatadas na administração da Casa, como o pagamento de horas extras no período de recesso e o envolvimento de servidores em esquemas suspeitos.

Para Sarney, a melhor maneira de contestar a suspeita de que se trata de uma CPI política, tendo como palco a disputa entre governo e oposição, é pautar todos os atos da comissão pelo que determina o Regimento do Senado. "Eu cumpro o Regimento naquilo que ele determinar para que os trabalhos prossigam, de modo que esta CPI encontre seus objetivos, cumpra seus objetivos. Ela é inteiramente do domínio dos políticos", frisou, descartando a tese de que o governo dominará os trabalhos da comissão.

O senador evitou fazer uma avaliação sobre a conveniência da investigação, alegando que sua opinião poderia ser entendida como falta de isenção. "Saber se é oportuno, se não é oportuno, quando apenas eu cumprirei integralmente o Regimento", afirmou. "E até vou me abster de manifestações sobre o valor ou não da CPI".

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