O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quarta-feira (18) a intenção de reduzir pela metade o número de diretores na Casa, como adiantou Cristiana Lôbo em seu blog. Nessa terça-feira (17) ele pediu que todos os 136 diretores do Senado colocassem seus cargos à disposição. O Senado assinou ainda um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para que seja realizada uma reestruturação administrativa na instituição.
Sarney afirmou que serão mantidos apenas os cargos "essenciais". "O que for essencial nós vamos deixar e o restante vamos cortar. Esperamos chegar a 50% de redução". O presidente do Senado afirmou que a nomeação dos diretores se dará pelo "mérito", mas não soube detalhar como será feita a escolha.
De acordo com o peemedebista, todos os diretores já entregaram os cargos, mas continuarão respondendo na função enquanto a Casa trabalha na reestruturação administrativa. "Eles continuam respondendo pelo cargo enquanto vamos fazer uma avaliação no mérito".
O presidente do Senado assinou um protocolo de intenções com a FGV para a realização da chamada "reestruturação". O primeiro passo é uma auditoria na Casa e o foco são questões relativas a recursos humanos. Sarney afirmou que a instituição terá "carta branca". O convênio, no entanto, ainda não tem prazo de duração nem o valor que será pago à FGV.
Sarney negou que as medidas administrativas sejam uma reação às denúncias que tem sido feitas contra a Casa. Afirmou que procura sempre dar mais eficiência em suas administrações e destacou não ter mais intenção de disputar qualquer cargo. "Vamos fazer essa reestruturação. Eu não tenho nenhuma aspiração política. Vou cumprir o último mandato da minha vida e irei fazer o que for necessário para o Senado"
Ele atribuiu as denúncias que tem sido feitos contra a Casa à "transparência". "Aqui é mais fácil de verificar porque é uma casa transparente e uma casa menor. São só 81 senadores, então a vigilância é mais efetiva". Sarney afirmou que o Senado precisa sair dessas "discussões menores".
O presidente do Senado afirmou ainda que os gastos da Casa estão sendo controlados. Foi destacado que entre 2004 e 2008 o crescimento de gastos no Senado foi inferior ao do Judiciário e do Executivo.
Sarney enfatizou já ter cumprido a meta de cortes de R$ 51 milhões no orçamento deste ano. Ele destacou medidas como a suspensão de licitações para compras e serviços, redução de gastos com telefone e restrições no pagamento de cursos para funcionários. Ressaltou também medidas ainda não implementadas, como a "moralização" do pagamento de horas extras por meio do ponto eletrônico e a divulgação dos gastos com verba indenizatória.
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