São Paulo - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebeu ontem mais apoios de importantes lideranças políticas nacionais. O secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci (PT), saiu em defesa do senador peemedebista. Dulci pediu "muito respeito" a Sarney, por conta da "contribuição extraordinária" que o senador teria dado ao país.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), disse que o fato de Sarney ter parentes contratados pela Casa não cria embaraços para o colega de partido. "Ele tem uma vida pública extensa e louvável e o fato de ter parentes no Senado ou em outros setores não denigre a imagem do senador", afirmou.
Blindagem
As declarações de apoio a Sarney tentam blindá-lo e, ao mesmo tempo, evitar um desgaste na aliança entre PMDB e PT. "Sarney teve um papel muito importante na redemocratização do país e se desincumbiu de seus cargos sempre com senso de responsabilidade, qualidade institucional e honestidade pessoal", disse Luiz Dulci.
Para o secretário-geral da Presidência, a evocação do passado de Sarney é "justa e necessária". Nesta semana, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia saído em defesa de Sarney ao afirmar que sua biografia tinha de ser respeitada.
"É um testemunho sobre um político que, como todo ser humano, tem qualidades e defeitos", disse Dulci. Questionado se, por isso, Sarney estaria livre de julgamentos, Dulci desconversou e disse não estar informado sobre as denúncias envolvendo o presidente do Senado. "Não sei, não estou acompanhando. A gente trabalha 14 horas por dia", respondeu.
Michel Temer, por sua vez, afirmou que as contratações de parentes de Sarney pelo Senador não o desabonam. "Ele (Sarney) tem uma vida pública extensa e louvável e o fato de ter parentes no Senado ou em outros setores não denigre a imagem do senador."
A lista de parentes do senador contratados pelo Senado inclui um neto, uma cunhada, uma nora e duas sobrinhas, além de parentes do genro Jorge Murad, marido de sua filha Roseana Sarney, governadora do Maranhão.
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