O deputado e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) deve recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da decisão do Conselho de Ética que recomendou a cassação de seu mandato. A estratégia de João Paulo é ganhar tempo para não ser julgado nos próximos dias pelo plenário. A avaliação é que, após o episódio envolvendo a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que dançou e cantou no plenário após a votação do processo de João Magno (PT-MG), o clima no plenário não está para absolvição.
Antes desse episódio, João Paulo tinha chances de derrubar o relatório de Cézar Schirmer (PMDB-RS). Agora, é uma incógnita. O petista terá até as 19h desta quarta-feira para recorrer à CCJ. A sessão da tarde desta quarta-feira será a quinta após a aprovação de seu relatório no conselho.
Se ele não recorrer, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), pode até marcar uma sessão extraordinária para a noite, em nova sessão, o que dificilmente ocorrerá. Assim, seu caso ficaria para a semana que vem. Mas, se João Paulo entrar com recurso na CCJ, o processo só será julgado no fim de abril.
Na CCJ, o trâmite é o seguinte: primeiro será escolhido o relator, depois apresentado o relatório, que será lido e, certamente, algum parlamentar irá pedir vista. Serão aguardadas duas sessões. Com o feriado da Semana Santa, o relatório será votado em plenário apenas no fim de abril.
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