De acordo com reportagem publicada pelo jornal 'O Globo' nesta quarta-feira , o Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública já sabia da possibilidade de invasão de traficantes para retomar os pontos de vendas de drogas no Morro da Mineira. A favela vinha sendo monitorada pela polícia há meses, mas segundo o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Samuel Dionísio, a polícia não ocupou a favela com antecedência porque as informações poderiam não ser verdadeiras.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, admitiu, no entanto, em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira que os policiais foram supreendidos pelo confronto no Morro da Mineira, no Catumbi . O secretário, no entanto, negou que tenha ocorrido uma falha no serviço da inteligência da PM.
Ele argumentou que a inteligência da polícia conseguiu antecipar outras ações de bandidos em comunidades, mas disse que fica difícil atuar quando existem mais de 750 áreas de conflitos em todo o estado que precisam ser monitoradas.
Esta não é a primeira vez que o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública tem informações sobre o planejamento de invasões de traficantes em determinadas favelas. Em dezembro do ano passado, a quatro dias do réveillon, traficantes realizaram 15 ações simultâneas na cidade, deixando 18 mortos. Na ocasião, integrantes da Secretaria de Segurança Pública contaram que sabiam que, a qualquer momento, poderiam acontecer os ataques.
Em outra guerra envolvendo traficantes que tentaram invadir a Favela da Rocinha, em abril de 2004, a área de inteligência da polícia também tinha informações de que traficantes de diferentes morros do Rio poderiam invadir a Rocinha para retomar o controle da venda de drogas na favela. Nessa guerra, oito pessoas morreram.
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