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O advogado diz estar estudando o processo e que, por enquanto, nem pensa em trabalhar para que o petista procure o Ministério Público e conte o que sabe, em troca de redução numa eventual punição. | JOSÉ CRUZ / ABr/JOSÉ CRUZ / ABr
O advogado diz estar estudando o processo e que, por enquanto, nem pensa em trabalhar para que o petista procure o Ministério Público e conte o que sabe, em troca de redução numa eventual punição.| Foto: JOSÉ CRUZ / ABr/JOSÉ CRUZ / ABr

Especialista em acordos de delação premiada, o novo responsável pela defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Antonio Figueiredo Basto, não descarta que o parlamentar assine um documento de colaboração com o Ministério Público, mas afirma não ter sido contratado para isso. “Lá na frente, se eu entender que não há possibilidade de enfrentamento no mérito (das acusações), eu não descarto propor uma colaboração, mas nesse momento não”, argumenta o advogado.

Colegas de profissão de Figueiredo Basto dão como certo que, cedo ou tarde, seu novo cliente firmará o acordo. Ele, no entanto, diz que seu objetivo inicial não é construir uma delação para Delcídio, mas anular aquela firmada pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. “Como conhecia bem acordos de colaboração, fui contratado para ver como desarmar a delação (do Cerveró), ver se existem antídotos para isso”, afirmou Figueiredo Basto.

O advogado diz estar estudando o processo e que, por enquanto, nem pensa em trabalhar para que o petista procure o Ministério Público e conte o que sabe, em troca de redução numa eventual punição.

O senador foi preso após ter conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da estatal. No diálogo, ele sugere contribuir financeiramente a família de Cerveró e se diz disposto a ajudar na elaboração de um plano de fuga para o ex-diretor.

Figueiredo Basto reitera que as palavras do petista na reunião tinham como objetivo apenas confortar o filho de Cerveró.

O advogado se encontrou com o petista nesta terça (8) na Superintendência da Polícia Federal de Brasília. No primeiro momento, ele pleiteará um habeas corpus para seu cliente e, caso não seja concedido, pedirá a transferência de Delcídio.

“Se a libertação não for viável, queremos colocá-lo pelo menos num encarceramento diferenciado, que faz jus a ele como senador no exercício das funções”, adianta, citando como exemplo de possíveis destinos uma cela com banheiro ou um quartel.

PROPINA

Nestor Cerveró afirmou em depoimento que o senador Delcídio do Amaral recebeu R$ 10 milhões em propina da multinacional Alstom entre 1999 e 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Figueiredo Basto argumenta que a palavra de Cerveró, apenas, não vale como prova. “Não basta só dizer que recebeu: tem que mostrar então onde recebeu, por que recebeu, quem pagou, essas coisas”, enumerou.

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