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A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta quinta-feira (5) pela divulgação detalhada dos gastos dos senadores com a verba indenizatória, que soma R$ 15 mil mensais e é utilizada para despesas relativas ao mandato. Segundo o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), será seguido o método de divulgação anunciado pela Câmara. Nas duas casas, a publicação detalhada dos gastos começará em abril.

O presidente do Senado fez o anúncio da decisão e disse que a intenção é dar "total transparência" a estes gatos. "Vamos publicar da mesma maneira que a Câmara fará, seguindo o mesmo ato. Vamos dar total transparência".

Sarney disse que estará dentro dos dados que passarão a ser divulgados a informação do CNPJ das empresas que venderam mercadorias ou serviços para os parlamentares. "Vamos colocar todas as informações sobre isso".

O presidente disse que a medida começa a valer a partir de abril porque existe um tempo necessário para adequar a prestação de contas e o sistema que permitirá a publicação na internet. Assim como na Câmara, não serão divulgados os gastos realizados antes desta decisão. "O passado nós não temos condições de fazer", disse Sarney.

Ele voltou a defender o fim desta verba, mas ressaltou que o assunto depende de negociação com a Câmara. "Acho que deveríamos nos encaminhar neste sentido (de acabar com a verba), mas tem ser uma ação conjunta com a Câmara e será necessária uma articulação política". Sarney disse ainda não ter discutido o assunto com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

Corte de gastos

O presidente do Senado afirmou que existe a intenção de ampliar o corte de gastos na Casa. Ao assumir, ele anunciou um corte de R$ 51 milhões nas despesas. Para isso, suspendeu licitações em andamento, cortou ramais de telefone, restringiu serviços da gráfica, além de reduzir o pagamento de diárias e cursos a servidores. Sobre as licitações suspensas, ele afirmou que está "analisando uma a uma".

Ele disse que aguarda agora um estuda da Fundação Getúlio Vargas para saber se existem outros cortes possíveis. Uma das tentativas é reduzir os gastos com pessoal. "Essa é uma das coisas que pretendemos fazer na reforma administrativa. A Fundação Getúlio Vargas está examinando uma maneira de diminuir os gastos". Para ele, ainda há "muita gordura" para cortar em toda a administração.

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