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Plenário do Senado: reforma política em  votação. | Waldemir Barreto/Waldemir Barreto/Agência Senado
Plenário do Senado: reforma política em votação.| Foto: Waldemir Barreto/Waldemir Barreto/Agência Senado

O Senado aprovou nesta quarta-feira (2) o fim das doações de empresas para partidos políticos e candidatos a cargos eletivos. A votação foi apertada, e a proposta passou com 36 votos favoráveis e 31 contrários.

Debates

Os senadores também aprovaram uma regra que obriga, no segundo turno, os candidatos a governador e a presidente a participar de pelo menos três debates televisivos. Se o número de debates promovidos na jurisdição da disputa for inferior a três, os candidatos deverão participar de todos os outros.

O projeto de reforma política será analisado novamente pela Câmara dos Deputados porque foi modificado no Senado. No texto-base do projeto, os senadores haviam reduzido o teto para R$ 10 milhões e limitado a doação apenas para partidos.

Da forma como os senadores decidiram, os partidos políticos poderão receber recursos apenas de pessoas físicas e do fundo partidário. Já os candidatos poderão ser financiados por pessoas físicas e por seus próprios partidos. O limite de 10% dos rendimentos que alguém teve no ano anterior às eleições também foi retirado da proposta, permitindo que uma pessoa possa doar até o limite do rendimento que teve no ano anterior ao pleito eleitoral.

“O ideal é que se tivesse um limite menor para as doações de pessoas físicas mas isso impediria a aprovação do fim do financiamento privado. Proibimos a doação de empresas, mas os empresários ainda poderão doar”, afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora da emenda que modificou o texto-base.

A Câmara poderá manter o fim do financiamento privado ou retomar a proposta aprovada pelos deputados que estabeleceu um teto de R$ 20 milhões para a doação feita por empresas, respeitando o limite de até 2% do seu faturamento bruto do ano anterior à doação na soma destinada a todos os partidos e o limite de até 0,5% da sua receita bruta anual para um único partido.

Nesta quarta, ao ser comunicado em plenário sobre a aprovação da proposta do Senado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preferiu silenciar. Cunha é defensor do texto que passou na Câmara.

Pesquisas

Os senadores também incluíram no texto a proposta que veda aos veículos de comunicação a contratação de empresa para realizar pesquisa de opinião pública relativa às eleições ou aos candidatos para publicação que tenha prestado serviços a partidos políticos, candidatos ou órgãos da administração pública direta ou indireta nos 12 meses anteriores à eleição.

O plenário do Senado também aprovou uma janela permanente para troca de partidos. De acordo com a emenda, será permitida a migração de legenda a cada dois anos, 13 meses antes da data das eleições.

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