Pressionado após mais um escândalo envolvendo a existência de atos secretos no Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), decidiu instalar ainda nesta sexta-feira (19) uma comissão de sindicância para apurar as denúncias de que esses atos não eram publicados por ordem de ex-diretores.
Há pouco, a secretaria de Imprensa da Presidência do Senado divulgou os nomes dos três servidores que terão a tarefa de apurar a veracidade das denúncias num prazo de sete dias.
A comissão será formada por Alberto Moreira de Vasconcellos Filho, que também presidirá o colegiado, Gilberto Guerzoni Filho e Maria Amália Figueiredo da Luz. Nesta sexta pela manhã, Sarnay havia anunciado a decisão de criar uma comissão para investigar as denúncias. Ele prometeu ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) ajudariam a realizar uma auditoria na instituição.
Reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo mostra que o ex-diretor-geral Agaciel da Silva Maia e o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi davam ordens para que determinados atos administrativos fossem mantidos em segredo. Apesar de ter tido parentes nomeados por meio de atos secretos entre eles três sobrinhas José Sarney condenou a prática.