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A diretoria geral do Senado formalizou nesta segunda-feira (27) a criação de duas comissões de sindicância que investigarão supostas irregularidades praticadas pelo ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi. Os convênios assinados com instituições financeiras para explorar a concessão de empréstimos consignados aos funcionários e a ocupação irregular, pelo filho de Zoghbi, de um apartamento funcional serão os focos das investigações.

De acordo com reportagem publicada pela revista Época, o ex-diretor teria participado de um esquema de criação de empresas de fachada. Zoghbi teria colocado uma senhora de 83 anos, que foi babá de seus filhos e ainda reside com ele, como sócia majoritária de três empresas.

Esse esquema, segundo a revista, teria faturado R$ 3 milhões em um ano e meio. A maior parte desses recursos teria sido pago pelo Banco Cruzeiro do Sul, que atua no Senado como provedor de crédito consignado e empréstimos com desconto em folha.

O banco rebateu hoje as informações da Época. Em nota, a direção do Cruzeiro do Sul informa que opera desde 2002 com empréstimo consignado para os servidores do Senado. Acrescentou, ainda, que as comissões pagas empresa Contact, uma das que seria de fachada segundo a Época, obedecem a relação direta com a liberação dos empréstimos aos servidores, somando os volumes de R$ 1,97 milhão, em 2007, e R$ 345 mil, em 2008.

A instituição rebateu as informações publicadas de que teria sofrido sanções, em 2007, para a renovação de seu convênio com o Senado para manter as operações de empréstimos consignados para os funcionários. A nota informa que as solicitações feitas ao Banco Cruzeiro do Sul foram as mesmas para todas as instituições que operavam com o órgão nesta modalidade de crédito nesta época.

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