• Carregando...

As novas denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), movimentarão os integrantes do Conselho de Ética da Casa nesta semana. Segundo a revista "Veja", Renan seria dono de participações em veículos de comunicação alagoanos adquiridas por meio de "laranjas". Ele já é investigado de ter contas pessoais pagas por lobistas.

De acordo com a revista, Renan comprou participação societária em duas rádios e em um jornal de Alagoas sem informar a Receita Federal, a Justiça Eleitoral ou o Congresso Nacional. A revista, porém, afirma ter tido acesso a documentos que comprovam a ligação do presidente do Senado com as empresas.

Segundo a revista, ele é dono de duas emissoras de rádio avaliadas em R$ 2,5 milhões e, até 2005, foi sócio de um jornal avaliado em R$ 3 milhões. O diário em questão é "O Jornal", segundo mais lido do estado e concorrente direto da "Gazeta de Alagoas", de propriedade da família Collor.

Além da denúncia de ser supostamente o real dono de veículos de comunicação, Renan também terá de responder sobre os negócios do irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). O PSOL protocolou um pedido de informação sobre o crescimento do capital da Conny Refrigerantes Indústria e Comércio de Sucos e Refrigerantes Ltda.

A Conny tinha inicialmente capital de R$ 200 mil, em 2002, e chegou a R$ 22,1 milhões, em 2005. No ano passado, ela foi adquirida pela Schincariol por R$ 27 milhões. Há suspeita de que o preço foi supervalorizado por um acerto de contas com a família Calheiros.

O G1 tenta falar com o senador Renan Calheiros desde a manhã de sábado (4). Um dos celulares está programado para não receber chamadas. A reportagem deixou recados em um telefone do assessor de imprensa do parlamentar, mas não teve nenhuma resposta.

Crise aérea

Fora do Congresso, a crise aérea movimenta a Esplanada dos Ministérios com as medidas anunciadas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Entre elas, a substituição no comando da Infraero. Com a confirmação da demissão do brigadeiro José Carlos Pereira, o novo presidente da estatal precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração da Infraero. O escolhido pelo ministro é Sérgio Gaudenzi, atual presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). Tudo indica que ele será confirmado nesta segunda-feira (6) como novo presidente do órgão.

Uma de suas primeiras tarefas será definir o plano de obras da pista principal de Guarulhos, em São Paulo. É preciso acertar o cronograma da construção e a transferência de vôos para os aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Tom Jobim, no Rio de Janeiro. As obras em Viracopos também precisam ser discutidas.

Reforma Política

A CPI do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados abriu mão do recesso parlamentar para investigar o acidente com o vôo 3054, da TAM. Nesta semana, os parlamentares dão continuidade à análise da caixa-preta do Airbus 320, que não conseguiu frear, em 17 de julho, na pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e causou a morte de 199 pessoas.

Na terça-feira (7), na Câmara, os deputados retomarão a discussão sobre a Reforma Política. Em pauta, o projeto de lei que trata da fidelidade partidária. O financiamento público de campanha e os limites ao financiamento privado de campanhas para cargos proporcionais (vereador e deputados estaduais, distritais e federais), outros polêmicos itens da reforma, também devem ser discutidos nesta semana.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]