O plenário do Senado aprovou na noite desta quarta-feira (03), por 56 votos favoráveis e 6 contrários, a recondução de Roberto Gurgel para um novo mandato de dois anos como procurador-geral da República. Pela manhã, Gurgel foi sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que avalizou a indicação, com apenas um voto contrário e 21 favoráveis.
Embora a votação fosse secreta, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o vice-líder do PT, Walter Pinheiro (BA), orientaram o voto "sim" à recondução de Gurgel ao cargo.
Pela manhã, durante a sabatina, Gurgel foi cobrado pela oposição por ter arquivado, sem abrir o inquérito, as acusações de enriquecimento ilícito contra o ex-ministro chefe da Casa Civil Antonio Palocci. Gurgel argumentou que não tinha indícios suficientes para instaurar a investigação. Já o líder do PT, Humberto Costa (PE), rechaçou os rumores de que o partido votaria contra a recondução de Gurgel, que pediu a condenação dos 36 réus do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).
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