O senador Antero Paes de Barros (PSDB/MT) disse, nesta quarta-feira, antes do enterro da mãe do senador Artur Virgílio (PSDB-AM), Isabel Vitória do Carmo Ribeiro, que a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos é o maior crime praticado pelo estado desde o golpe militar de 1964.
- Esse é o maior crime desde 1964. Nem a ditadura teve a coragem que teve o governo do PT. Na minha opinião essa foi uma ação de estado, comandada pelo Palácio. O Palocci era o Arafat, estava exilado lá no gabinete do Lula. O Lula esse tempo todo não perguntou ao Palocci? Quer dizer que qualquer cidadão que faça oposição ao governo pode ter dados acessados?
Antero Paes de Barros defendeu ainda que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, seja ouvido pelo Senado, para esclarecer a participação no episódio da quebra do sigilo.
- Há uma clara necessidade de ouvir o ministro Márcio Thomaz Bastos. Sem nenhum pré-julgamento, mas ele tem que falar sobre esses acontecimentos. A data que os assessores do ministro estiveram com Palocci, na casa do Palocci. Quantos dias demorou para que eles avisassem ao ministro? Demorou tudo isso? Pedi para Álvaro Dias protocolar ofício pedido de quebra de sigilo de todos os envolvidos no episódio, inclusive do ministro Márcio Thomaz Bastos - disse o senador.
O senador criticou a forma como a Polícia Federal colheu o depoimento do ex-ministro Antônio Palocci:
- É mais uma prova do envolvimento do estado. Por que o caseiro não foi ouvido na casa dele? Palocci é um cidadão comum hoje.
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