O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) queria receber do esquema de corrupção na subsidiária da Petrobras uma mesada de R$ 500 mil. Segundo ele, a propina paga ao congressista foi de R$ 24 milhões.
Machado disse que Lobão alegava que precisava ter o maior repasse entre os peemedebistas beneficiados pelos desvios porque era ministro de Minas e Energia. As tratativas começaram em 2008.
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Leia a matéria completa“Que o depoente [Machado] se reuniu com ele no seu gabinete no ministério; Que Lobão afirmou que na qualidade de ministro queria receber a maior propina mensal paga aos membros do PMDB”, disse. “Que ele achava que deveria receber o maior valor, porque sua pasta era responsável direta pela Transpetro”, completou.
Machado disse que não tinha condições de pagar a mesada de R$ 500 mil e ofereceu R$ 300 mil por mês. Ele disse que um dos canais de Lobão com o esquema era seu filho Márcio Lobão.
“Que os repasses mensais, que eram de aproximadamente R$ 300 mil por mês, ocorriam de fevereiro a dezembro; que Lobão recebeu repasses de propina até julho ou agosto de 2014”.
Machado apontou que doações oficiais foram disfarçadas de propina, como repasses da Camargo Correa, R$ 1 milhão em 2010, Queiroz Galvão R$ 1 em 2010 e uma doação de R$ 750.000,00 em 2012.
Pará
Em relação ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA), Machado disse que pagou R$ 3 milhões em propina para o peemedebista entre 2004 e 2007. Ele afirmou ainda que, quando assumiu o comando da subsidiária, dividiu com Lobão e Renan Calheiros (PMDB-AL) uma dívida de Jader com um advogado, tendo desembolsado US$ 100 mil.
Entre 2010 e 2012, Jader também recebeu vantagem indevida disfarça por doação eleitoral, sendo R$ 750 mil da Queiroz Galvão e em 2012 doação de R$ 500 mil da Camargo Corrêa.
Segundo Machado, Jader “pressionava” muito por propinas, a serem pagas com recursos das empresas que tinham contratos com a Transpetro para sua base no Pará.
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