Corregedoria vota parecer sobre deputados dia 11

No mesmo dia em que está prevista a votação, no plenário do Senado, da recomendação de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO), os pareceres da sindicância da Casa contra três deputados goianos suspeitos de envolvimento no esquema do bicheiro Carlos Cachoeira - Carlos Alberto Leréia (PSDB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Júnior (PP) - serão votados pela comissão da Corregedoria da Câmara.

Nos inquéritos há diálogos telefônicos entre Cachoeira e os deputados Leréia e Sandes Junior. O caso de Leréia, que tem relação pessoal com Cachoeira e foi flagrado até mesmo usando o cartão de crédito do contraventor, é considerado o mais grave.

Mesmo solicitando a prorrogação do prazo, Eduardo da Fonte afirmou que a votação dos pareceres aconteceria antes do final do recesso parlamentar, previsto para do dia 17. Os pareceres poderão recomendar o envio do processo ao Conselho de Ética ou propor o arquivamento. Mas a palavra final é dada pela Mesa Diretora da Câmara.(AG)

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O senador Pedro Taques (PDT-MT) entregou nesta quinta-feira (28) seu relatório sobre o processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

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O teor do relatório não foi divulgado, no entanto, Taques já sinalizou que considerou o processo dentro dos "moldes constitucionais". O senador concluiu seu relatório apenas 48 horas depois de ser designado relator do processo contra o ex-líder do DEM na CCJ.

A comissão vai votar o processo na quarta-feira (11). Cabe aos integrantes da CCJ analisarem apenas se o pedido de cassação, aprovado pelo Conselho de Ética do Senado, é constitucional e respeita o trâmite legal da Casa. Eles não discutem o mérito das denúncias que ligam Demóstenes ao empresário Carlos Cachoeira.

Taques mantém o relatório em sigilo porque argumenta que a defesa do ex-líder do DEM poderia tentar anulá-lo, alegando "antecipação de voto". O senador, porém, já havia sinalizado que pediria a aprovação do processo na CCJ.

Ao aceitar o convite para relatar o processo, Taques disse entender que os "trâmites foram até agora de acordo com a Constituição". "Vamos fazer um trabalho técnico, regimental e constitucional", disse ao aceitar a relatoria.

O Senado marcou para o dia 11 de julho a votação do processo de cassação de Demóstenes no plenário da Casa. O plenário terá sessão ordinária (com votação) extra na segunda-feira para contar prazo para a análise do caso, uma vez que o regimento do Senado prevê cinco sessões entre a votação no Conselho de Ética e na comissão.

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O conselho aprovou a cassação de Demóstenes pela suspeita de atuar no Legislativo em favor do empresário do ramo de jogos, recebendo "vantagens indevidas" e praticando "irregularidades graves" no seu mandato.

O relator no conselho, senador Humberto Costa (PT-PE), disse que Demóstenes atuava como um "despachante de luxo" do empresário ao defender seus interesses em órgãos do governo. Também disse que Demóstenes conhecia as "atividades ilícitas" de Cachoeira, o que foi negado pelo ex-líder do DEM.