A bancada do DEM no Senado é favorável abertura de processo disciplinar para investigar o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e dar a ele prazo de dez dias para defesa. A decisão deverá ser votada na reunião da executiva do partido, marcada para esta terça (1º) à tarde.
Arruda é acusado de liderar um suposto esquema de propina no Distrito Federal descoberto pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora.
Há consenso com relação abertura de processo disciplinar e para que a votação do relatório não exceda dez dias, disse o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN).
Mesmo assim, a bancada continua com opiniões divergentes quanto ao rito sumário. Parte dela quer expulsar Arruda do partido, mesmo que o prazo de dez dias para defesa seja concedido a ele.
Agripino Maia é um dos que defendem a saída de Arruda. Ele não tem condições de continuar filiado ao partido. Só o escândalo já basta para afastá-lo, afirmou. Ele ressaltou, no entanto, que, como líder da bancada, e tem de tentar formar uma opinião de consenso.
O senador negou que o partido esteja acuado, com medo de possíveis ameaças que Arruda teria feito. O partido está com disposição e mostrando sua cara com altivez, disse Agripino Maia.
O senador Demóstenes Torres (GO) prometeu apresentar na reunião da Executiva do DEM uma petição pela saída imediata de Arruda, único governador eleito pelo partido em 2006.
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