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Dois dos três relatores do caso Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética decidiram somente apresentar seu parecer final do processo por quebra de decoro do presidente do Senado se a votação do conselho for aberta. A sessão está prevista para esta quinta-feira (30).

"São dois meses de relatório para que ele seja conclusivo. Se não for aberto, não temos condição de votar amanhã (quinta-feira)", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores. As opiniões são compartilhadas pela relatora Marisa Serrano (PSDB-MS).

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Aliados de Renan ponderam, baseando-se em análises feitas por funcionários do Senado, que o parecer no caso de votação secreta não pode ser conclusivo. Deveria ser apenas indicativo.

Casagrande disse que a maioria dos 15 membros do conselho é favorável ao voto aberto. Se não houver consenso sobre o tema, a solução poderá ser por uma consulta aos próprios senadores do colegiado. Se a decisão for pelo voto secreto, o Senado vai protagonizar mais capítulos de uma disputa que já dura três meses.

O terceiro relator, senador Almeida Lima (PMDB-SE), já adiantou que votará pela absolvição de Renan.

Funcionário

Marco Santi, secretário-adjunto da Mesa do Senado, entregou o cargo nesta quarta-feira (28) alegando não conseguir agüentar mais a pressão que supostamente sofria para manipular o processo de acusação de quebra de decoro para beneficiar Renan.

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Segundo Casagrande, esse fato não entrará oficialmente no processo, mas servirá para formar a convicção dos senadores sobre o caso. Santi presta depoimento nesta tarde ao corregedor Romeu Tuma (DEM-SP).