O candidato à Presidência da República da coligação o Brasil Pode Mais (PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B), José Serra, criticou nesta quarta-feira (7) a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e afirmou que, se eleito, irá avaliar a possibilidade de conceder à iniciativa privada a exploração de importantes aeroportos como o de Viracopos, em Campinas (SP).
"Não há outra saída além de fazer concessões para a área privada ampliar o aeroporto, fazer terminais. A Infraero não tem capacidade para fazê-las por estar toda loteada politicamente. O melhor é fazer concessão, pois assim o titular segue sendo o poder público e se as exigências não forem cumpridas o governo pode multar e a empresa pode até perder a concessão", declarou Serra, durante entrevista concedida ao fim de uma rápida caminhada pelo centro de Campinas, onde esteve esta tarde.
O tucano também afirmou que a demora na ampliação de Viracopos e na construção do terceiro terminal de passageiros do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, inviabilizou a implantação pelo governo paulista do trem expresso que ligaria São Paulo e Campinas. De acordo com o candidato, com um aumento do número de usuários do aeroporto de Viracopos seria "moleza" para o governo estadual implantar o trem expresso.
"Não se fez nada em Viracopos e nem a concessão para a construção do novo terminal de Cumbica. Só o terminal permitiria aumentar o movimento de passageiros em mais dez milhões de pessoas. Sem isso acabou se inviabilizando o trem expresso porque para isso é necessário demanda".
O projeto do trem expresso foi desenvolvido pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo que, quando o apresentou, ainda em 2005, estimou o custo em R$ 2,7 bilhões. A proposta é que, com o trem, os 93 quilômetros entre a estação terminal Barra Funda, em São Paulo, e Campinas sejam percorridos em 50 minutos.
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