O que era para ser um ato simbólico se transformou num gesto concreto do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de compromisso com algumas reivindicações históricas de Minas Gerais na área de infraestrutura. Antes mesmo de receber das mãos do ex-governador Aécio Neves (PSDB) o documento "Agenda de Minas" - relação de obras e políticas federais reclamadas pelo Estado -, Serra se comprometeu, caso eleito, com demandas como a ampliação do metrô de Belo Horizonte e do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, que já opera no limite de sua capacidade.

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Logo no primeiro compromisso na capital mineira, durante uma entrevista à rádio Itatiaia, o tucano classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como "uma lista de obras" e aproveitou para introduzir o assunto. Citou também a recuperação do Anel Rodoviário de BH - de responsabilidade do governo federal - e a duplicação da BR-381, no sentido Belo Horizonte-Vitória, até Governador Valadares.

"Tudo isso tem de ser feito. Se está no PAC, não está no PAC. O fato é que não se avançou para Minas se desenvolver mais. Minas tem a vocação de ser o Estado mais desenvolvido do Brasil", disse. "Vamos ser realistas, a maior parte não foi feita. As obras, a gente tem que definir, tocar e fazer acontecer".

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Ao entregar o documento elaborado pelos PSDB-MG, que enumera projetos e obras consideradas prioritárias no Estado para que constem da plataforma de governo do presidenciável, Aécio disse que ele deveria servir como uma "bússola". Serra pediu que o ex-governador de Minas fizesse uma dedicatória no livreto. "Vou estudar esse documento azul e mais ainda: nos outros Estados eu vou dizer, 'porque vocês não fazem uma coisa igual a Minas'", ressaltou.

Setores econômicos

Com críticas ao que considera investimentos insuficientes do governo federal, principalmente na área de logística e nas estradas federais, Serra repetiu o compromisso no encontro com empresários na sede da Federação das Indústrias (Fiemg), onde classificou os gargalos como "custo Minas". Para os industriais, o pré-candidato tucano também destacou a necessidade de se agregar valor às exportações de commodities, principalmente o minério de ferro.

Em sintonia com uma reivindicação antiga do ex-governador Aécio, cobrou a revisão das alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), espécie de royalty que as mineradoras pagam aos municípios, Estado e União pelo direito de explorar as riquezas minerais. Para Serra, Minas recebe uma "ninharia" de royalties pela exploração mineral em suas terras.

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