O candidato à Presidência da República pela coligação O Brasil Pode Mais (PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B), José Serra, defendeu nesta quinta-feira (8) o adiamento da votação do novo Código Florestal. Serra pensa de forma oposta ao relator da proposta, deputado Aldo Rebello (PCdoB-SP). Acompanhado pelo vice na sua chapa, Índio da Costa (DEM-RJ), o candidato andou de trem no Rio de Janeiro, conversou com eleitores e passeou pelas ruas do bairro de Bangu. "Defendo que não se vote agora porque é um assunto muito complicado. No calor de uma campanha eleitoral, não tem cabimento e não tem cabeça fria", afirmou Serra. "É uma coisa que tem que ser melhor debatida em todos os aspectos."
Serra lembrou que só restam mais alguns meses para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrar o governo. "Este governo tem mais seis meses. Acho que a gente deve aguardar o próximo governo para fazer um projeto duradouro, responsável e que permita compatibilizar o meio ambiente, a floresta, que é um patrimônio do Brasil, com o desenvolvimento que é necessário para a geração de empregos", disse.
Depois de enfrentar cerca de 40 minutos de viagem de trem entre a Central do Brasil, no centro do Rio, e Bangu, um dos bairros mais populosos do Rio, o ex-governador fez uma caminhada pelo calçadão - tradicional ponto de comércio na zona oeste do Rio. Serra cumprimentou várias pessoas e mencionou detalhes do programa de governo, caso seja eleito, nas áreas de saúde, educação e transportes.
Pela primeira vez, nesta semana, o vice de Serra participou do corpo a corpo. O Rio de Janeiro é reduto eleitoral de Índio da Costa. O deputado também fez a viagem de trem e participou da caminhada e conversas nas ruas da cidade.
Dilma
Na opinião da candidata petista à presidência, Dilma Roussef, o período eleitoral e o debate baseado em "paixões" prejudicam as discussões sobre o assunto.
"Não é correto fazer uma discussão do Código Florestal envolvendo emoções e conjuntura pré-eleitoral", afirmou. "Eu acho o pior momento para discutir isso. Porque o Código Florestal é uma questão muito delicada com grandes controvérsias", completou.
Dilma disse ainda ser contrária às alterações no código que resultem na derrubada de floresta nativa. "Eu sou contra qualquer política em relação ao Código Florestal que leve ao desmatamento", afirmou.
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