O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), se disse perplexo com as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que ainda não há provas sobre a existência de um esquema de pagamento a parlamentares para votarem a favor do governo.
A declaração do presidente foi feita em entrevista exibida no último domingo pelo programa 'Fantástico', da Rede Globo.
Ao abrir os trabalhos da CPI, nesta terça-feira, Serraglio contestou a declaração feita pelo presidente de que era necessário esperar o relatório final.
- O que estamos presidindo aqui é um grande juri popular. Quem está se convencendo das provas produzidas na CPI é a população, que está inteira assintindo quem vem depor. Não vai ser o relatório que vai convencer ninguém. Daí a perplexidade diante da declaração de que não há provas. O convencimento é paulatino. Os juízes estão em casa e, por isso, quem for contra, que assuma o ônus de confrontar a população - disse o relator.
Serraglio também disse que não condena o PT, mas que é preciso fazer correções.
- Não retalio o PT por ter cometido equívocos. Todos cometemos. Nisso, concordo com o presidente da República. No entanto, é preciso tomar posição, responsabilizar as pessoas - disse o relator, reagindo a ao posicionamento do presidente Lula, que se negou, mais uma vez, a dar nomes a quem ele diz que o traiu.
Serraglio reage a possibilidade de 'acordão' para salvar deputados
O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), reagiu, na manhã desta terça-feira à possibilidade de 'acordão' na Câmara dos Deputados, para salvar deputados, a exemplo do que teria acontecido em relação do deputado Romeu Queiroz, absolvido pelo Plenário, apesar de ter admitido receber dinheiro de Marcos Valério.
- Ai dos partidos que estão sendo investigados se assim se comportarem. Quem não for depurado agora, vai ser deputado nas eleições de outubro - disse.