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Servidores fizeram nesta segunda-feira um ato em frente ao Palácio da Justiça | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Servidores fizeram nesta segunda-feira um ato em frente ao Palácio da Justiça| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Os servidores de primeiro grau da Justiça do Paraná anunciaram que podem entrar em greve a partir da próxima sexta-feira (30) se o Judiciário não atender às reivindicações da categoria. A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus-PR) nesta segunda-feira (26), por volta das 20h, depois de mais uma negociação frustrada com o TJ-PR.

Fazem parte da categoria de servidores de primeira instância cerca de 4 mil pessoas, entre técnicos e analistas judiciários, escrivães, oficiais de justiça, técnicos de secretaria e agentes de limpeza. O sindicato da categoria estima que 80% desses servidores tenham aderido à paralisação desta segunda-feira (26), que durou das 12 às 19 h e afetou o atendimento ao público em fóruns de todo o estado.

As principais reivindicações por parte desses trabalhadores são a igualdade salarial e a isonomia das condições de trabalho. "Queremos igualdade de tratamento no primeiro e segundo grau, salários, orçamento, estrutura, porque hoje é diferenciado", afirma o coordenador-geral do Sindijus-PR, José Roberto Pereira.

Pereira lembra que, enquanto um técnico judiciário de primeira instância recebe pouco mais de R$ 4 mil, um técnico de instâncias superiores ganha aproximadamente R$ 5 mil. Segundo ele, o ambiente de trabalho também é mais organizado do que nos locais de primeiro grau.

Outras reivindicações

Também está na pauta de cobranças do sindicato a igualdade nos processos administrativos. "Enquanto um servidor de primeiro grau é julgado pelo próprio juiz que abriu o processo administrativo contra ele, servidores de segunda instância passam primeiro por uma comissão. Queremos, portanto, uma comissão processante para todos", explica David Machado, do Sindijus-PR.

Uma questão que também preocupa é a situação das agentes de limpeza, que estão com os cargos extintos desde 2003, quando o TJ-PR terceirizou as funções de limpeza. Desde então, elas estão em desvio de função, fazendo trabalhos administrativos. Por isso, o sindicato da categoria deseja que a função das agentes de limpeza seja transformada em auxiliar judiciária, que é a função feita atualmente.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do TJ-PR informou que ainda não tem um posicionamento sobre o assunto. De acordo com o sindicato da categoria, o Judiciário havia oferecido um reajuste de apenas 2%, quando o aumento reivindicado pelos servidores é de 22%.

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