Os servidores do Ministério Público da União (MPU) no Paraná decidiram suspender temporariamente a greve iniciada na quarta-feira (8). Com isso, todos os funcionários retornam ao trabalho nesta sexta-feira (10), mas uma nova reunião na próxima segunda-feira (13) pode definir a retomada da greve.
A decisão pela suspensão temporária da greve ocorreu na tarde desta quinta-feira (9) depois que o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu) deu a notícia de que o Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, está disposto a agendar uma audiência com a classe na próxima semana. A direção do Sinasempu no Paraná optou por aguardar até a próxima semana e só retomar a greve caso a reunião com Gurgel não seja marcada.
Desde quarta-feira, cerca de 250 dos 500 funcionários do MPU, que engloba o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Militar (MPM), aderiram à greve no Paraná. Só em Curitiba, 100 pessoas (70% do total) cruzaram os braços nos dois dias.
De acordo com o diretor do sindicato no Paraná, Leandro Leite, a direção nacional do Sinasempu optou por manter a greve por tempo indeterminado. Caso a greve seja retomada no Paraná a partir da segunda-feira e continue pelas próximas semanas, serviços como audiências com empresas, recebimento de denúncias e até a tramitação de requerimentos podem ser afetados. Leite garante que, nos dois primeiros dias, nenhum serviço foi prejudicado por conta da greve.Reivindicações
Além dos salários, que estaria, congelados há seis anos, os servidores reivindicam revisão de questões como progressão de carreira, valorização e capacitação dos servidores. Para Leite, a categoria não está de acordo com a forma como o procurador está administrando a questão e a relação dele com o governo federal. "O MPU fiscaliza o próprio Poder Executivo e a forma como o Procurador reagiu com relação às denúncias envolvendo o ex-ministro Palocci, por exemplo, quando praticamente o absolveu, é motivo de preocupação", argumenta.
O diretor ressalta que a greve é nacional, mas no Paraná as paralisações ocorreram no MPM, em Curitiba, e nas nove unidades do MPT e quinze do MPF espalhadas pelo estado.
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