É tumultuada a sessão que deve concluir nesta quinta-feira (8) a análise do pedido de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa do Estado contra a governadora Yeda Crusius (PSDB). Com o plenário lotado por militantes de movimentos sociais, os integrantes da comissão encarregada de analisar o requerimento têm dificuldade de encaminhar o debate sobre o relatório da deputada Zilá Breitenbach (PSDB).
A relatora é colega de partido da governadora Yeda e também preside o diretório estadual do PSDB. Na segunda-feira (6), ela apresentou seu relatório recomendando o arquivamento do pedido. No parecer, Zilá argumentou não ter identificado "justa causa" para autorizar a admissibilidade do requerimento de instauração de processo por crime de responsabilidade contra a governadora gaúcha.
Em quase uma hora e meia discussão, a reunião já chegou a ser suspensa temporariamente pelo presidente da comissão, deputado Pedro Westphalen (PP), que é líder da bloco de sustentação do governo Yeda na Assembleia. A sessão foi interrompida para que os deputados que fazem parte da comissão pudessem se reunir com o procurador da Casa, Fernando Ferreira, para analisar um outro parecer, sobre o direito de voto do deputado Carlos Gomes, que trocou o PPS pelo PRB e, por isso, não poderia representar o partido na comissão.
Desde o começo da reunião, deputados de oposição e representantes dos movimentos sociais presentes à sessão pressionam pela suspensão da audiência. Eles argumentam que a comissão precisa analisar as novas denúncias sobre a reforma da casa da governadora, reveladas nesta quarta-feira (7), segundo as quais a governadora teria utilizado R$ 100 mil do erário público na reforma e na compra de móveis para a sua casa.
A comissão é formada por 29 deputados. A base aliada tem maioria, o que deve provocar o arquivamento do processo, caso a votação seja concluída nesta quinta. A sessão está em andamento e pode ser acompanhada pela página da Assembleia Legislativa do Estado na internet.
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