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A bancada de oposição na CPI da Corrupção acusou a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), de usar dinheiro público para o pagamento de aquisições de um piso emborrachado e de móveis para a casa que comprou ao final da campanha eleitoral de 2006.

A denúncia foi feita no final desta tarde pela presidente da comissão, Stela Farias (PT), depois de os deputados Daniel Bordignon (PT) e Paulo Borges (DEM) terem visitado uma loja de material de construção para ver uma nota fiscal de venda de 60 metros de piso emborrachado para o gabinete militar da Casa Civil. Na nota, constava o endereço de entrega na casa de Yeda, na zona leste de Porto Alegre, em operação datada de abril de 2007.

Segundo Stela Farias, há empenhos do gabinete militar, obtidos por parlamentares, que demonstram gastos de cerca de R$ 100 mil destinados à reforma e aquisição da mobília da casa da governadora. Todas as operações seriam de valores individuais inferiores a R$ 8 mil, para não necessitarem de licitação.

A bancada de oposição não informou o nome das lojas que venderam o piso e os móveis, tampouco apresentou os documentos comprovando a denúncia. Ao mesmo tempo, anunciou que vai pedir que a CPI aprove um requerimento para solicitar cópias das demais notas fiscais e documentos de entrega de materiais às empresas fornecedoras.

Falando em defesa do governo, o relator Coffy Rodrigues (PSDB) disse que a residência da governadora é considerada uma extensão da casa oficial, que é o Palácio Piratini, e pode ter algumas de suas despesas pagas pelo erário público.

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