A Sete Brasil, empresa criada para construir e alugar sondas para a exploração do pré-sal, também foi alvo de propinas. A informação consta na delação premiada feita por Pedro Barusco, ex-gerente-executivo da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil, à Justiça. A propina chegou a 1% do valor do contrato firmado com cada um dos estaleiros.
Criada no início de 2011, a Sete Brasil nasceu com o objetivo de construir 29 sondas para explorar o pré-sal. Para isso, contratou diversos estaleiros (alguns ainda no papel). Cada sonda tem um custo estimado em US$ 720 milhões.
Segundo o depoimento de Barusco, "havia uma combinação de pagamento de 1% de propina para os contratos firmados entre a Sete Brasil e cada um dos estaleiros, mas esse percentual foi reduzido em alguns casos para 0,9% por conta da competitividade do processo licitatório e a exigência da Petrobras de que os preços estivessem em conformidade com os do mercado internacional, sendo que as sondas com melhor preço eram do mercado asiático".
Barusco disse que a combinação envolveu, além dele próprio, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e funcionários da Petrobras, como Renato Duque e Roberto Gonçalves, até então gerente executivo da área de Engenharia.
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