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Além de afetar as campanhas eleitorais, a ação acolhida pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal terá impacto em todas as atividades partidárias. As empresas não abrem seus cofres apenas em anos eleitorais: são as principais financiadoras das máquinas das maiores legendas do País.

Entre 2009 e 2012, por exemplo, as direções nacionais de três partidos - o PT, do PSDB e do PMDB - receberam, juntas, pelo menos R$ 1 bilhão em doações de bancos, empreiteiras e outras empresas. Esse valor equivale a quase 2/3 das receitas dos três partidos, em média.

O PT foi quem mais recebeu recursos privados nos quatro anos analisados pelo Estadão Dados. Nada menos que R$ 551 milhões - 71% de suas receitas - vieram de empresas. As doações de pessoas físicas equivalem a apenas 1% do total, e o restante veio do Fundo Partidário e de contribuições de filiados.

A direção nacional do PSDB, por sua vez, foi agraciada com R$ 231 milhões doados por pessoas físicas em quatro anos. Essa parcela correspondeu a 58% de suas receitas.

Sem as fontes privadas, é provável que as legendas se mobilizem para ampliar a dotação de verbas públicos para o Fundo Partidário, que neste ano receberá da União R$ 313,5 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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