Jorge Samek entra na disputa pelo ministério de Minas e Energia
O Paraná pode ganhar mais um ministério após a demissão do ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Amigo pessoal de Lula, o presidente da binacional Itaipu, Jorge Samek, é um dos nomes cotados para ocupar a pasta vaga.
Acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil de propina da empreiteira Gautama, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau , entregou na noite desta terça-feira sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação de que o ministro deixaria o governo tinha sido antecipada na segunda-feira pelo blog do colunista Ilimar Franco .
Antes da formalização da demissão, estiveram no Palácio do Planalto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AL), padrinhos políticos do ministro demissionário. Sarney foi quem aconselhou Rondeau a se afastar. Lula teria pedido ao senador uma indicação de substituto. Sarney teria apresentado dois nomes: José Antonio Muniz, ex-presidente da Eletronorte, e Astrogildo Quintal, atual diretor econômico e financeiro da empresa. A função de ministro será assumida interinamente pelo secretário-executivo do Ministério, Nelson Hubne. Ele é um homem de confiança da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.
Na carta de demissão entregue ao presidente, Rondeau reafirma inocência e diz que deixa o governo para se defender das "descabidas e injustas inverdades" feitas contra ele.Rondeau afirma no texto ainda que a denúncia de envolvimento com a quadrilha que fraudava licitações, levantada pela Operação Navalha da Polícia Federal, lhe causou dano irreparável.
O ministro diz ainda que serviu ao governo com lealdade e correção e agradece a confiança de Lula no período em que esteve à frente do ministério.
"A injustiça que recaiu sobre a minha pessoa leva-me a solicitar exoneração a fim de proteger minha pessoa, minha família, minha honra e permitir ao governo que siga com todas as energias voltadas para o crescimento do país, a implantação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o desenvolvimento do setor energético".
Reunião de cerca de 40 minutos com Lula
Nesta terça, o Blog do Noblat acompanhou todos os bastidores da queda do ministro. Ele se reuniu durante cerca de 40 minutos com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, e deu explicações sobre o envolvimento de seu nome no escândalo. A conversa teve que ser interrompida para que Lula fosse cumprir outros compromissos de sua agenda. Chegou-se a pensar que o presidente estaria esperando pelo fim do depoimento no Superior Tribunal de Justiça de Ivo de Almeida Costa, assessor especial do Ministério das Minas e Energia, preso pela PF na semana passada. Foi ele quem recebeu da diretora financeira da Gautama o envelope com os R$ 100 mil que seriam destinados ao ministro.
A empresa, de Zuleido Veras, seria a beneficiária do esquema de corrupção.
Ainda de acordo com Noblat, durante a reunião os ministros da Justiça, Tarso Genro, da Justiça, e Dilma Rousseff, defenderam a idéia de que Rondeau deveria se licenciar do cargo para se defender da acusação, evitando assim sua saída em definitivo do governo. Mas em seguida, o ministro teve uma curta conversa com o senador José Sarney (PMDB-AP), seu padrinho político, e decidiu pedir demissão:
- Preparem tudo. Vou pedir demissão - avisou Rondeau aos assessores, por telefone.
Já no site Ancelmo.com, o colunista Jorge Bastos Moreno diz que a demissão do ministro mexerá com mais cargos do PMDB no governo . Ele mostra também quem ganha e quem perde no partido.
Mais cedo, após ouvir um relato do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a operação da PF, Lula disse que as investigações precisam ir a fundo "doa a quem doer". A avaliação foi feita durante reunião de coordenação, que durou cerca de duas horas.
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