Apenas um em cada oito eleitores curitibanos sabe o partido a que pertence o prefeito eleito da cidade, Rafael Greca. Apenas 12,4% foram capazes de dizer que Greca está filiado ao PMN (Partido da Mobilização Nacional).
O número foi revelado por um levantamento do Paraná Pesquisas, realizado entre 11 e 14 de dezembro com 858 eleitores curitibanos. Outros 4,2% disseram partidos errados e 83,4% nem arriscaram uma opção. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais. A eleição ocorreu em outubro.
Para o cientista político Márcio Cunha Carlomagno, doutorando na UFPR, o resultado era previsível porque o partido é pequeno e pouco representativo. Além disso, Greca não tem uma longa história no PMN, e admitiu ter escolhido a legenda por uma questão circunstancial, para disputar a eleição.
Histórico de partidos
Ao longo de sua carreira, Greca já foi filiado a outros partidos, como o PDS, o DEM e o PDT. Até recentemente estava no PMDB, como aliado de Roberto Requião. No entanto, um ano antes da eleição, mudou para o pequeno PMN, onde teve mais facilidade para atrair aliados de diversas legendas.
“Isso diz muito sobre o personalismo da política brasileira. O eleitor acaba sendo levado a optar por indivíduos na eleição, já que o partido pouco representa na verdade. A legenda deveria ser um atalho cognitivo para que o cidadão conhecesse desde o início algumas propostas do candidato, mas isso não ocorre”, diz Carlomagno.
No entanto, segundo o cientista político, o fato de o partido ser pequeno não trará transtornos para a gestão de Greca. Na relação com a Câmara, diz ele, o que conta é a coalizão que ele for capaz de montar, e não o próprio partido.
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