O Rio Acre, que banha a capital Rio Branco, atingiu 16,64 metros de altura após as águas avançarem nove centímetros da noite de domingo para esta segunda-feira, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região.

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O número de pessoas que estão desalojadas e dormindo em abrigos já chega a 31 mil. De acordo com a Prefeitura de Rio Branco, pelo menos 7.791 casas foram atingidos pelas águas da enchente. Há 868 famílias nos abrigos da prefeitura.

Os 27 bairros alagados estão com o fornecimento de energia suspenso. Ônibus têm dificuldades para chegar aos bairros atingidos. Existe o risco de epidemia de doenças contagiosas como a leptospirose.

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Se o nível das águas continuar subindo deverá superar a marca de 1997, quando foi registrada a maior enchente do estado. O carnaval de rua também está ameaçado.

O desastre mobilizou milhares de pessoas em uma corrente de solidariedade, entre elas, empresários, jornalistas, políticos, estudantes e religiosos que estão empenhados na arrecadação de alimentos, de produtos de limpeza, de higiene, de roupas e outros itens, que estão sendo distribuídos pela Defesa Civil municipal às famílias atingidas pelas cheias.

O prefeito Raimundo Angelim decretou situação de emergência no início da semana. As operações de resgate estão sendo feitas pelo Exército, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e voluntários, envolvendo cerca de 400 pessoas.

Segundo o coronel Vasconcelos, professores da rede pública promovem várias atividades com as crianças nos abrigos e os pais estão assistindo a palestras educativas. O governo estadual e a prefeitura de Rio Branco oferecem cestas básicas e atendimento médico às famílias atingidas.

Segundo o site do jornal "Gazeta do Acre", o superintendente da Rbtrans, Ricardo Torres, disse que vários pontos da cidade estão sendo monitorados pela autarquia e terão que ser interditados caso o nível das águas atinja a marca dos 17 metros.

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Na última grande enchente, em 1997, a Ponte Metálica foi interditada para carros. A Ponte Nova não foi fechada, mas as águas, que ocupavam todo o bairro Seis de Agosto, impediam a passagem. Os veículos ficaram ilhados de um Distrito para o outro da cidade, diz a reportagem.