Cristiano de Mello Paz, sócio do empresário Marcos Valério de Souza, negou nesta quinta-feira que o dinheiro nas contas da empresa tenha qualquer origem ilegal. Segundo Marcelo Leonardo, advogado que defende os dois empresários, não houve lavagem de dinheiro.

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- Não adianta. A origem dos recursos é lícita e, sendo lícita, não existe o que se alegou: a lavagem de dinheiro - disse o advogado.

Paz já havia prestado depoimento numa sessão conjunta das CPIs dos Correios e do Mensalão, no dia 10 de setembro. Na ocasião, atribuiu ao sócio toda a responsabilidade pela operação dos recursos.

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- Todas as vezes que chegavam os cheques na minha mesa eu ficava preocupado. Eram pilhas. Eu assinava em confiança (a Marcos Valério).

Segundo o advogado, Paz afirmou que todos os empréstimos estão na contabilidade que foi entregue à Polícia Federal, à Procuradoria da República e às duas CPIs.

- Todos os dados dos empréstimos estão lançados, registrados e informados à Receita Federal.

O advogado nega a versão do doleiro Toninho da Barcelona. Toninho disse à CPI dos Bingos que esses empréstimos do Banco Rural para Valério eram falsos, e que na verdade se tratava de dinheiro vindo de contas do empresário no exterior. A fachada dos empréstimos seria, portanto, apenas uma maneira de legalizar o dinheiro.

- Não sei porque a relatoria da CPI insiste em divulgar para a imprensa uma informação, quando todos os dados, tanto das empresas quanto dos bancos, permitem concluir aquilo que eles não querem concluir: que os recursos são frutos dos empréstimos - disse o advogado.

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- Há mais de cem dias, oito diferentes órgãos estão fazendo uma investigação e se recusam a afirmar aquilo que está provado por documentos - completou.

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