A presidente Dilma Rousseff iniciou a reunião com 23 ministros e o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), bastante sorridente - fato pouco comum segundo os repórteres de imagem que acompanham esse tipo de encontro.
Rejeição, crise moral, tráfico de influência... Os motivos alegados para pedir a saída de Dilma
Leia a matéria completaNa reunião, que trata da avaliação sobre a abertura do pedido de impeachment contra ela, Dilma tem logo ao seu lado esquerdo o ministro da Defesa, Aldo Rebelo e, do direito, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que já ocupou o cargo de Rebelo. A presidente ainda fez questão de ser fotografada e filmada com uma caneta na mão, entendido como uma metáfora sobre quem estaria no comando do País.
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Pela manhã, Wagner disse, na série de ataques ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que a presença do deputado no comando da Casa era perigosa e temerária. Segundo Wagner, mesmo investigado pelo Conselho de Ética da Câmara, Cunha “tinha a caneta na mão e por isso ele não poderia sentar na cadeira da presidência” para tomar decisões como a de ontem, de abertura do processo de impeachment.
Além de Rabelo e Jaques Wagner, participam da reunião os ministros: Edinho Silva (Secretaria da Comunicação Social); Armando Monteiro (Desenvolvimento); Celso Pansera (Ciência e Tecnologia); George Hilton (Esporte); Eliseu Padilha (Aviação Civil); Gilberto Kassab (Cidades); Gilberto Occhi (Integração Nacional); Helder Barbalho (Secretaria do Portos); Henrique Alves (Turismo); José Eduardo Cardozo (Justiça); Kátia Abreu (Agricultura); Marcelo Castro (Saúde); Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); André Figueiredo (Comunicações); Juca Ferreira (Cultura); Aloizio Mercadante (Educação); Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União); Nilma Gomes (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos); Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário); Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
Segundo na linha sucessória caso a presidente seja mesmo afastada do cargo, o vice Michel Temer avisou o Palácio do Planalto que não iria participar do encontro. O motivo seria um compromisso familiar em São Paulo.
Wagner tentou minimizar a ausência e afirmou que Temer fez questão de se encontrar com a presidente pela manhã. De acordo com o ministro, o vice já estava na base aérea, mas decidiu retornar para conversar pessoalmente com Dilma.
No encontro, que durou cerca de 20 minutos, os dois fizeram um balanço do cenário político e Temer teria se colocado à disposição para ajudar na defesa do governo. O vice-presidente pediu ainda que Dilma agisse de forma institucional para diminuir a crise política.
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