Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento ilícito com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ) queixou-se nesta quinta-feira (17), em discurso no plenário da Câmara, que até o momento não recebeu nenhuma notificação formal da Corte, da Procuradoria Geral da República ou da Polícia Federal.
Stepan disse que faz mais de quarenta dias que seu nome apareceu em gravações da PF, como tendo pedido R$ 160 mil de empréstimo a Cachoeira. No discurso ele afirmou que pagou o contraventor quatro dias depois e que nem precisou usar o dinheiro dele, a quem considera amigo.
"Não estou aqui para fazer defesa de crime que não cometi. Meu advogado me garantiu que pedir dinheiro emprestado não é crime e pagar muito menos", disse o deputado, que pediu licença do PPS assim que seu envolvimento com o contraventor foi tornado público para se defender.
Stepan reconheceu que comprou para Cachoeira ingressos para o carnaval do Rio de Janeiro. Ele disse que é frequentador dos desfiles e ensaios carnavalescos. "Estou esperando o momento exato de apresentar à Justiça, assim que me for dado o direito, as provas e explicações que se fizerem necessárias", disse.
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