Por cinco votos a três, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar nesta quinta-feira determinando a soltura de Flávio Maluf, preso desde o dia 10 de setembro na sede da Polícia Federal em São Paulo juntamente com seu pai, o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. Em seu voto, o relator do pedido de hábeas-corpus, ministro Carlos Velloso, argumentou que há flagrante ilegalidade na prisão do empresário. Os ministros Eros Grau, Carlos Ayres Britto e Joaquim Barbosa votaram contra, mas foram vencidos.

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A concessão da liminar beneficia apenas Flávio. A advogada de defesa de Paulo Maluf pediu a extensão da liminar a seu cliente, mas a ministra Ellen Gracie, que presidia a sessão, disse que o pedido deve ser feito diretamente ao relator do processo. Velloso já adiantou que deve atender a pedido semelhante de Paulo Maluf, que foi apresentado nesta quinta-feira.

Libertados, Flávio e Paulo Maluf aguardarão em liberdade o fim do processo no qual são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro. Os advogados da família Maluf tentou por quatro vezes conseguir o hábeas-corpus, mas todos foram negados pela Justiça.

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Segundo os advogados do ex-prefeito, ele está deprimido e em condições precárias de saúde. Maluf toma medicamentos para controlar problemas do coração e tem reclamado de dores na região do abdomen. Por duas vezes ele saiu da carceragem da PF, onde dividia uma cela com o filho Flávio e outro preso. Na primeira vez, Maluf foi internado no Hospital das Clínicas para fazer um cateterismo no coração. Ficou internado apenas um dia e voltou à PF. Na segunda vez, fez exames para verificar as causas das dores no abdomen, mas não ficou internado, voltando para a prisão em seguida.

A Justiça chegou a autorizar que Paulo Maluf fosse internado em um hospital, desde que fosse penitenciário, o que foi recusado pela família e por seus advogados.