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O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido de habeas-corpus a Wellington Moraes, ex-secretário de Comunicação do governo do Distrito Federal. Moraes está preso desde o dia 12 de fevereiro por determinação do Superior Tribunal de Justia (STJ), sob a alegação de que teria participado da tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, testemunha do mensalão do DEM de Brasília. A decisão foi do relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello.

Também estão presos por determinação do STJ o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) e outros quatro suspeitos de obstruírem a investigação do suposto esquema de distribuição de propina a aliados de Arruda.

Wellington Moraes entrou com pedido de habeas-corpus no STF no dia 17 de fevereiro. Ele está detido no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

As investigações do mensalão do DEM começaram em novembro do ano passado, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora, que apura o esquema de corrupção supostamente comandado pelo governador Arruda. O esquema teria beneficiado também o vice dele, Paulo Octávio (DEM) -que nega irregularidades-, deputados distritais, empresários e integrantes do governo distrital.

Para decidir sobre o habeas corpus de Moraes, Marco Aurélio pediu informações ao STJ. "O que eu quero saber é se nos autos do inquérito 650 [que investiga o mensalão do DEM de Brasília] ele está ou não envolvido. Se estiver, a situação é idêntica a do governador e, evidentemente, eu não adoto dois pesos e duas medidas", disse o ministro na ocasião do recebimento do pedido de liberdade.

Para o advogado Bruno Rodrigues, que entrou com o habeas-corpus, a prisão de Welligton foi ilegal e desnecessária. Segundo a defesa, ele não é citado no inquérito do STJ que investiga os supostos desvios de recursos e apropriação de dinheiro público. "[Ele] não responde a crimes de suposta malversação de dinheiro público", diz o advogado.

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