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Já foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo (15), o pedido de relaxamento da prisão do desembargador José Ricardo de Siqueira Regueira, envolvido, segundo a Polícia Federal (PF), com o esquema de exploração de jogos ilegais, corrupção, lavagem de dinheiro e venda de decisões judiciais e informações privilegiadas favoráveis aos bicheiros e donos de casas de bingo e máquinas de caça-níqueis. Contraventores, magistrados e advogados presos na Operação Hurricane, deflagrada na última sexta-feira (13), estão na Superintendência da PF em Brasília desde o início da manhã de sábado (14).

Na petição, encaminhada ao ministro Cezar Peluso, relator do inquérito no STF, o advogado Nélio Machado alega que houve excessos na prisão do magistrado e que não há necessidade de ele permanecer detido, pois já prestou depoimento.

"Ele foi submetido a uma situação vexatória, viajou algemado no avião, desrespeitando-se a Lei da Magistratura Nacional [Loman] e divide uma cela com mais de cinco pessoas em condições subumanas. Não há porque ficar preso. Se quiserem investigar, podem investigar à vontade. Ele vai colaborar com a investigação, não tem nenhum receio, mas quer a devolução imediata de seu direito de locomoção", disse o advogado na saída da Superintendência da PF em Brasília, no início da tarde de domingo (15).

Segundo ele, o depoimento prestado aos agentes da PF no sábado (14), o desembargador Regueira negou ter envolvimento no caso e disse que não conhece as pessoas citadas no inquérito.

"Ele sequer os conhece. Se existe essa suposta quadrilha, ela estaria se formando na cadeia. É impossível imaginar uma quadrilha em que seus membros sequer se conhecem", declarou o advogado.

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O ministro Cezar Peluso vai analisar também os pedidos de relaxamento de prisão do advogado Silvério Nery Cabral Júnior e do desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim, ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2a região. Os pedidos devem ser analisados por Peluso na segunda-feira (16).