O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) negou nesta quinta-feira (14) que esteja de saída do PT para se filiar ao partido que a ex-senadora Marina Silva deve criar. O nome da legenda ainda não foi definido, mas deverá ter a palavra Rede como eixo.
Da tribuna do Senado, Suplicy disse ter conversado com o presidente do PT, Rui Falcão, para confirmar que vai permanecer na sigla.
"Vejo meu ingresso no Partido dos Trabalhadores como uma decisão de vida. Ademais, eu também defendo a fidelidade partidária até o final de meu mandato. Não cogitaria, de forma alguma, mudar de partido político, como um compromisso de princípio", afirmou.
Além do presidente do PT, Suplicy disse ter comunicado o ex-presidente Lula e o prefeito Fernando Haddad (SP) de sua decisão.
O petista conversou com Marina por telefone, na sexta-feira (8), quando disse ter recebido o convite para participar da reunião em que ela vai anunciar a criação do novo partido, a ser realizada neste sábado (16).
Apesar da decisão, Suplicy disse que pretende ser candidato ao Senado em 2014 pelo PT, mesmo com as especulações de que a sigla poderá ceder a vaga para um partido aliado, como o PMDB.
O senador defendeu a realização de "debates e prévias" dentro da sigla e com os aliados para a escolha do candidato.
"Vejo mais de 15 possíveis valores de excepcional qualidade no Partido dos Trabalhadores, que poderiam, legitimamente, também comigo disputar. Então, que possa haver debates e prévia. Eu gostaria que isso fosse aberto."
O petista disse que só abre mão de sua candidatura se o ex-presidente Lula decidir disputar a vaga ao Senado.
"Há uma pessoa que, se por ventura se candidatar, eu vou abrir mão da minha candidatura, o ex-presidente Lula. Neste caso, se ele quiser ser candidato ao Senado, ótimo. Então, aí, eu não vou disputar. Mas com os demais que eu mencionei, sejam companheiros e companheiras do PT ou de partidos coligados, eu acho justo."
Suplicy também defendeu que nomes de outros partidos, como Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PC do B), Aldo Rebelo (PCdoB) e Luiza Erundina (PSB) entrem nas prévias caso o PT ceda a vaga para alguma sigla aliada.
"Eu gostaria que houvesse a oportunidade de uma escolha a mais democrática possível. Então, que se realize um sistema de debates entre nós, potenciais candidatos, pré-candidatos, e daí uma prévia. Sugiro que possam votar todos os filiados de nossos respectivos partidos e também o povo."
Dentro do PT, o senador citou como "potenciais candidatos" Rui Falcão, Edinho Silva (presidente estadual do PT), Ricardo Berzoini (ex-presidente do PT) e os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardozo (Justiça), entre outros.
A ideia do senador é que os filiados paguem entre R$ 1 e R$ 2 para cobrir as despesas com as prévias - modelo, segundo ele, adotado pelo Partido Socialista da França.
"Eles pagaram 1 euro para votar. Nada menos que 2,7 milhões de pessoas, muito mais que os 200 mil filiados, eleitores franceses votaram no primeiro turno para 5 pré-candidatos à presidência."
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