O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula disse neste domingo (13), durante a convenção do PT que vai oficializar a ex-ministra Dilma Rousseff como candidata do partido à Presidência, que o suposto dossiê contra o candidato José Serra (PSDB) é "jogo rasteiro" da oposição.
"Serão três meses de muito trabalho, muita alegria, muita tensão e nós esperamos que nossos adversários estejam dispostos a fazer campanha de nível elevado e que não façam jogo rasteiro inventando dossiê todo dia", disse em seu discurso na convenção.
"Nós já estamos maduros, calejados, sabemos como eles funcionam e portanto muita traquilidade, porque o bicho vai pegar, e a tranquilidade de vocês, a maturidade de vocês é que vai garantir que a gente ganhe essas eleições", afirmou.
O caso do suposto dossiê foi revelado em reportagem da revista "Veja". De acordo com a revista, a elaboração do suposto dossiê contra o pré-candidato tucano teria sido tratada pelo jornalista Luiz Lanzetta, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Souza e o ex-agente da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, durante encontro em um restaurante de Brasília, em abril.
Lanzetta é dono da empresa que havia sido contratada para cuidar da área de comunicação da campanha da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. No último sábado, ele anunciou sua saída da campanha.
Ao G1, Lanzetta afirmou que não cometeu irregularidades. Ele disse ter recebido a proposta de um dossiê do delegado aposentado, mas não teria aceitado a proposta. Onézimo, por sua vez, disse à revista que a proposta de montagem do dossiê e de espionagem a Serra, por R$ 1,6 milhão, teria partido de Lanzetta. Apesar das várias tentativas desde que o caso se tornou público, o G1 não conseguiu contato com Onézimo e Idalberto.
Serra teve seu nome aprovado neste sábado (12) como candidato do PSDB à Presidência. Ele é o principal adversário de Dilma Rousseff na corrida presidencial. Nas últimas pesquisas eleitorais, Serra e Dilma aparecem empatados na preferência do eleitorado.
Na convenção, o PSDB reagiu à informação publicada na edição de sábado do jornal "Folha de S.Paulo" de que haveria, além do dossiê contra Serra, outro dossiê com dados sigilosos de Eduardo Jorge Pereira, vice-presidente-executivo do partido.
"O PT faz isso desde o tempo em que não era poder. É uma prática recorrente do PT, de quebrar sigilos e construir notícias fantasiosas. O Eduardo Jorge já foi vítima do PT. As transgressões que lhe atribuíram não eram verdadeiras, isso ficou provado", afirmou o deputado João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara. O PT negou envolvimento do partido no assunto.
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