O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer nesta sexta-feira (12), em Lagarto (SE), que vai eleger o sucessor em 2010. Sem citar o nome de sua candidata, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, ele afirmou: "Meu mandato está terminando em 2011, mas eu acho que está chegando a hora e a vez das mulheres. Fiquem tranquilos porque vamos eleger quem vai ficar no meu lugar para fazer mais do que eu fiz", afirmou.
Ele discursou na cerimônia de inauguração do campus da Universidade Federal de Sergipe na cidade.
Lula rebateu críticas da oposição dizendo que "eles ficam nervosos" ao ver que um "homem que do ponto de vista da sociologia não poderia chegar ao poder" faz, segundo ele, um bom governo.
"Tivemos muita competência de formar equipe e fazendo um governo elogiado no exterior. (...) Alguns ficam se roendo, quanto mais eles ficam bravos, mais eu fico trasnquilo porque a consciência a gente mede pelo investimento em educação", disse Lula.
Ele estava acompanhado pelo governador do estado, o petista Marcelo Déda, e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
Economia
Lula citou ainda o anúncio de empréstimo de US$ 10 bilhões do governo brasileiro ao Fundo Monetário Internacional. "Antigamente as pessoas ficavam de joelho para o FMI. Nesta semana, eu emprestei US$ 10 bilhões a eles. Pega aí. As pessoas precisam entender que o Brasil mudou", afirmou o presidente.
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O presidente Lula comentou sobre as discussões sobre mudanças na Lei Rouanet. O Ministério da Cultura apontou que a maioria da verba é repassada para o Sul e Sudeste do país.
"A gente quer levar [a lei Rouanet] para todo país porque ela está concentrada em São Paulo e no Rio. Não queremos tirar nada de São Paulo e Rio, mas queremos estender, levar investimento em cultura para estados do Norte e Nordeste", afirmou Lula.
Outro discurso
Mais cedo, em Laranjeiras, em inauguração de outro campus da federal, Lula voltou a criticar gestões anteriores e disse que governo tem que cuidar do povo "com uma mãe".
"Me parece que as pessoas esqueceram que governar esse país é olhar para a totalidade desse povo como uma mãe, que é o papel do governo, dentro de uma família com 190 milhões de habitantes. Olhar para o pequeno brincando e para o raquítico e ver que tem que cuidar mais dele. No Brasil não era assim, quem era rico, ficava cada vez mais rico e quem era pobre, cada vez mais pobre."
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