O ex-ministro da Justiça Tarso Genro confirmou que, quando ainda estava no governo federal, foi procurado pelo secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que lhe passou a informação de que estaria sendo grampeado pela Polícia Federal (PF). O ex-ministro conta que, na ocasião, aconselhou Tuma Junior a procurar a corporação para prestar esclarecimentos.
Segundo o ex-ministro, é dever da PF investigar qualquer pessoa, independentemente de quem seja, quando houver qualquer indício de delito. Tarso é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul e pediu para sua assessoria repassar seu posicionamento à imprensa, sem dar entrevistas.
Na edição de ontem, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que escutas telefônicas feitas pela PF revelam ligação de Tuma Júnior com Li Kwok Ken, preso em 2009 sob acusação de contrabando. Em meio à repercussão do caso, o secretário cancelou uma viagem que faria hoje ao Rio Grande do Sul. Tuma Júnior participaria como palestrante de um debate sobre gestão pública e transparência do Estado promovido pelo PT gaúcho, no plenarinho da Assembleia Legislativa.
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