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Em análise interna enviada neste domingo a líderes petistas, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirma que os três temas importantes para um possível segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são: coalizão, programa e reforma política. Para o ministro, a coalizão terá que ser feita com base num forte processo de distribuição de renda, sustentado no crescimento econômico. Ele reconhece em seu texto que nenhum partido, isoladamente, nem um conjunto de partidos do mesmo espectro político tem condições de assumir esta tarefa de forma isolada e que o PT tem cerca de um terço de intenções de voto no país e que, por isso, precisa formar alianças .

Sem citar a aliança com setores do PMDB, Tarso Genro defendeu uma coalizão de centro-esquerda. Segundo ele, a aliança deve ser programática, e envolver os partidos em compromissos públicos. Numa clara referência à entrega de ministérios a partidos aliados, o ministro adverte para a possibilidade de essas legendas perderem seus espaços num eventual segundo mandato. "Tais compromissos, se não forem cumpridos, implicam na perda de espaço do partido na coalizão, evidentemente obrigando a que a mesma seja reorganizada", escreveu. Ele cobrou ainda fidelidade partidária dos aliados para garantir a governabilidade no Congresso.

Na mesma análise, Tarso fez um alerta de que a campanha eleitoral deste ano corre o risco de sofrer um processo de "rebaixamento" e "desqualificação", com forte desgaste para as instituições democráticas. O ministro referiu-se diretamente às declarações do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, que disseram haver indícios de ligação entre a facção criminosa que comanda a onda de violência em São Paulo e o PT.

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