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Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro disse nesta sexta-feira, 6, durante reunião do Diretório Nacional do PT que precede a festa de 35 anos do partido, que a "refundação" defendida por ele durante o escândalo do mensalão, em 2005, é "mais atual do que nunca" mas desta vez sob outro nome: "renovação profunda".

"A necessidade de uma refundação continua mais atual do que nunca. Agora a forma que estamos adotando é 'renovação profunda' do PT. Este movimento que é representado pela Mensagem ao Partido vai continuar e toma um impulso cada vez maior", disse o ex-governador.

Diferentemente de 2005, quando o movimento estava diretamente relacionado ao mensalão, Tarso diz que agora o que impulsiona a necessidade de mudança não é o esquema de propinas na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, mas uma crise global dos partidos democráticos, em especial os de esquerda.

"Isso não é uma questão contingente relacionada com aqueles fatos que orientaram essa formulação ou os fatos atuais. É que existe uma crise de perspectivas na esquerda mundial e em todo o campo democrático", afirmou o ex-ministro da Educação e da Justiça, ressaltando que vai lutar pelas mudanças dentro do partido. "É isso que eu, agora como militante avulso dentro do Diretório Nacional, vou continuar fazendo", concluiu.

Tarso voltou a defender que o PT faça uma investigação própria sobre o escândalo da Petrobras por meio de uma análise dos autos da Lava Jato. Segundo ele, isso não significa uma posição contrária ao tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, que foi defendido pelo líder máximo do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, ao contrário, pode ser uma chance para reforçar a defesa do tesoureiro.

"A questão do Vaccari não é nenhuma novidade em nenhuma parte do mundo em nenhum partido. O que deve ser feito? O partido deve fazer uma investigação direta nos processos e a partir disso fazer um juízo. E o próprio Vaccari é o principal interessado nisso. Na formação do juízo vamos poder saber se estão sendo manipuladas provas, informações. No caso concreto do Vaccari o que existe até agora são meras indicações feitas pela imprensa. Eu quero saber quais são as provas e a partir disso me posicionar", afirmou o ex-governador.

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