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O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, deve se encontrar na terça-feira com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, para discutir o comportamento previsto na legislação para um candidato que disputa a reeleição.

Segundo Tarso Genro, o governo está trabalhando na elaboração de uma portaria para explicitar as regras já existentes, que separam as atuações do candidato à reeleição das do presidente da República, como a proibição de participar de inaugurações a partir de 1º de julho. São permitidas, porém, inspeções e visitas.

Apesar de a legislação eleitoral ser a mesma de 1998, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso disputou a reeleição, Tarso Genro disse que a cautela do governo é necessária porque hoje a tensão política é maior. Também preocupado com isso, o presidente Lula faz na primeira quinzena de julho uma reunião ministerial para deixar claro o que os ministros podem ou não fazer para evitar acusação de uso da máquina pública.

- Queremos contribuir para que essa separação do candidato e do presidente fique bem nítida - disse Tarso.

O ministro das Relações Institucionais enfatizou não existir intenção de convencer Marco Aurélio de Mello a desistir de uma interpretação muito rígida da lei.

- Nós já estamos trabalhando na portaria, mas o governo entende que o papel do ministro Marco Aurélio é um muito correto - disse Tarso ao se referir às recentes interpretações à lei eleitoral feitas pelo presidente do TSE.

Lula convocou uma reunião ministerial para a primeira quinzena de julho para apresentar sua candidatura e discutir os limites legais da campanha nacional.

Nesta quarta-feira, Lula vai para Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde participa da comemoração das metas do programa Bolsa Família. O governo garante que não se trata de inauguração, como veta a lei, e vem tomando medidas para evitar problemas na Justiça.

O programa semanal de rádio "Café com o Presidente" foi suspenso até outubro. Nas viagens de candidato, que devem ser financiadas pelo PT, o presidente será acompanhado apenas pela equipe médica e pela segurança do Palácio do Planalto.

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