O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), defendeu a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio do banco Panamericano, que recebeu um aporte de R$ 2,5 bilhões de seu principal controlador, o Grupo Silvio Santos, com recursos provenientes do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). "O que o governo fez foi permitir que o banco continuasse com suas atividades. Todos sabem que toda vez que um banco quebra provoca problemas no mercado financeiro", disse Temer, durante entrevista a correspondentes brasileiros em Bueno Aires.
O vice-presidente eleito, que se encontra na capital argentina para participar do 6.° Foro Ibero-americano de Parlamentares, esclareceu, no entanto, que não estava acompanhando o caso do Banco Panamericano.
Temer evitou opinar sobre a suposta permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no governo Dilma Rousseff. "Não acredito nestas mensagens de que a presidente Dilma viajou com o Mantega e não com o (Celso) Amorim e por isso o Mantega será mantido e o Amorim será descartado", disse ele, referindo-se à viagem à Seul para a cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo).
Temer disse também que na próxima terça-feira vai se reunir com Antonio Palocci e José Eduardo Dutra para conversar sobre a transição. "Vamos conversar. Ainda estamos vendo como compor esse quadro administrativo. Quando estiver definido, penso que vamos levar as propostas à Dilma e, se ela aprovar esse quadro, passaremos a sugestão de nomes", detalhou o vice-presidente eleito, que tem retorno previsto para o Brasil ainda hoje. Quanto às discussões sobre as presidências da Câmara e do Senado Temer afirmou que o PT e o PMDB vão acabar se entendendo.
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